O primeiro dia dos namorados que tenho memória é o de 1990, na pré-primária. O Bruno Lança tinha olhos azuis como o Ken, isso chegava para ser meu namorado. Ofereceu-me um lindo desenho dos transformers numa folha A4 amarela. Meti no placar do meu quarto.

Já na 4ª classe, o Diogo Carvalho, o miúdo novo na turma, deu-me um poster do MacGyver (até hoje penso que esta prenda não foi superada, how cool is that?).

Aos 14 anos, já era dread, e o Marco deu-me duas caveiras com a inscrição love never dies. E eu na altura até acreditei.

Aos poucos fui deixando um pouco o romance de lado, "ah eu não ligo a essas coisas". E os parvos foram acreditando. Mas quem é que não gosta de um bocadinho de amor lamechas? De ser beijada à chuva, de declarações inesperadas, de músicas dedicadas, de flores num dia vulgar, de uma surpresa. Hoje em dia as pessoas não estão para se chatear, porque não há dinheiro, porque não há tempo, porque não há paciência.

Irrita-me um bocadinho porque é que hoje há um pouco de vergonha (?) em demonstrar sentimentos e quando o fazemos, surgem haters sei lá vindos de onde.Não se nota nada que estou apaixonada, pois não? (cof cof)

Haverá melhor coisa do que mimar a pessoa de que gostamos e vê-la feliz? Aproveitem este dia para serem românticos até vomitarem corações. Vivam o amor mais intensamente. Já dizia o outro "no final, o que nos vamos lembrar melhor, são das coisas boas": das aventuras, dos riscos, das loucuras, do que sentimos naquela precisa tarde. Vamos ser espontâneos e tornem este dia especial para vocês e para o vosso "valentino".

Como diz o meu namorado "dia dos namorados são todos os dias", mas vamos aproveitar para celebrar o facto de eu ter o melhor namorado de todos, vá!