Era uma vez um sitio muito amplo e luminoso com imensas escadas para cima e para baixo. Um sitio com salas atrás de salas arrumadas por cores e com peças únicas. Cada sala tinha várias casas da moda, os nomes cintilavam em letras grandes douradas com charriots de roupa e manequins que pareciam pousar graciosamente. E o melhor de tudo é que se podia andar por ali a deambular o tempo que quiséssemos e até tocar nos maravilhosos materiais e experimentar sapatos que só tínhamos visto até agora em editoriais de moda.
Espera. Isto não é uma história encantada, quer dizer, pode parecer, mas é algo que já existe mesmo no coração da cidade de Londres.
Sim, é a 7ª vez que cá venho e continuo a ir ao Selfridges sonhar um bocadinho. Não há nada como poder sonhar de perto.
Para além do óbvio, das malas chanel, dos casacos pastel da Miu Miu, dos vestidos da Maria Katrantzou, das máscaras de jóias de Martin Margiela, das clutchs Charlotte Olympia...é um sitio cheio de história que revolucionou o comércio. A brincar, a brincar, este espaço conta com 105 anos de história. O Sr. Harry Selfridge tinha uma visão muito única do que uma loja deveria ser e na altura estava tudo guardado em gavetinhas e tinhas que pedir para mostrar peça a peça. E parecia mal se pedisses muitas e não levasses nenhuma. E a sua dúvida existencial era "mas como é que eu sei o que vou querer, se ainda não vi tudo o que há?".
Hoje em dia, na era da imagem, com tanto acesso à informação é algo muito óbvio e inconsciente para nós. Mas ter tudo acessível e à mostra em 1909 não era comum. E as montras, que ele descrevia como uma peça de teatro parada, com peças que as pessoas vão querer. Ali estava, o vitrinismo e o visual merchandising a nascer. Algo tão puro e e que faz todo o sentido.
Uma das maiores lojas multi-marcas do Reino Unido, que vende sonhos em saquinhos amarelos. Ai.
Once upon a time there was a wide and bright place with many stairs in different directions. A spot with a lot of rooms organized by colors and unique pieces. Each room had a few fashion houses, with sparkling names in big gold letters with clothes hanger's and mannequins that looked like they were posing graciously. And the best of all was that you could walk around and touch de incredible materials and try shoes we only saw at magazine editorials.
Wait. This is not an enchanted story, i mean, it can look like, but it's something that already exists right in the heart of London city.
Yes, it's the 7th time i came here and i still go to Selfridges to dream a little. There's nothing like dream closer to it.
Besides the obvious, Chanel bags, pastel coats from Miu Miu, Maria Kantrantzou dresses, jewel masks by Martin Margiela, Charlotte Olympia clutch's...it's a place full of history that revolucionated the market. This chain of high department stores already are 105 years of history. Mr. Harry Selfride had a unique vision about what a store should be and at the time everything was tidy in drawers and you had to ask to see piece by piece. And it wasn't pleasent if you asked to see a lot of pieces and you didn't buy any. And his existencial doubt was "How can i know what i want if i didn't see all the options?".
Nowadays, in image era, with so much acess to the information is something so obvious and inconscious to us. But having everything acessible and shown was not common in 1909. And the Windows, he described them as teatrical plays stopped in time, with pieces people are going to want. There it was, the birth of visual merchandising. Something that made so much sense and so pure.
One of the biggest UK flagship stores, that sell dreams in little yellow bags. Ai.
São mesmo sonhos em saquinhos amarelos. E que saudades que eu tenho dessa cidade!!!!...
ReplyDelete