Coisas, coisas e mais coisas.


Há coisas que não existem aos olhos humanos. E são tão fortes que precisamos de as criar de alguma maneira, de as figurar em alguma coisa real para nós. Seja companhia num urso de peluche de laço ao pescoço, seja amor numa pequena flor apanhada num jardim. Preenchemos vazios com coisas, damos coisas para mostrar que nos preocupamos, queremos coisas porque nos fazem sentir maiores e/ou melhores, as coisas estão por todo o lado e fazem parte de nós e do mundo.
As coisas não são necessariamente más, são efémeras, as memórias delas sim podem durar.
Acima das coisas, estão camuflados os gestos. Os gestos que mudam uma vida, que nos fazem mudar de opinião, que nos fazem crescer e aprender, que nos emocionam ou magoam, que nos inspiram.
E quando as coisas chegam ao coração, ganham forma e contorno e aí entendemos que não importa o que temos, mas quem temos.

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