Podes parar o teu relógio. Podes trancar a porta de casa e não sair da cama. Desligar o telemóvel. Ficar no escuro. Mas o mundo não pára.
Lutas todos os dias por quem queres ser. Trabalhas, crias, sonhas. És mais e melhor.
Amas. Dás o teu coração àquela pessoa, que demorou tanto a encontrar e com quem o tempo passa sempre tão depressa.
Despedes-te de quem mais conheces. As pessoas dispersam-se pelo globo. Por mais longe que estiverem no mapa, estão sempre tão perto de ti.
Nascem novos bebés. Nascem novas relações. Nascem novas ideias. Nascem novas esperanças.
Morrem pessoas. Morrem angústias antigas. Morrem outras ideias e planos. Esqueces.
Reúnes-te com quem mais gostas. Recordam e fazem planos para o futuro.
As memórias tornam-se momentos de ouro eternizados nas fotografias e palavras. Não paras de crescer. É assustador crescer. É bom crescer.
A música está sempre no background. E a banda sonora dos dias muda mais depressa do que a moda nas passerelles.
Mergulhas no mar. Cheiras a terra. És o passeio. Respiras o céu. Perdes-te no pôr-do-sol. Crias nas formas das nuvens. Absorves o sol. Renovas-te com a chuva.
Viajas pelo mundo. Barcelona. Londres. Paris. Queres Nova Iorque. Sonhas com Tóquio. Voas com o vento.
Vives. Aprendes. Acrescentas-te.
Mudas de champô, mudas a decoração do teu quarto, mudas de ténis, mudas tudo na tua vida. Continuas igual a ti próprio e a mais ninguém.
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